quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

mais pelo silêncio

Uns são aqueles que falam verdade. Que perguntam aquilo que temos necessidade que saibam e respondem não aquilo que gostamos, mas o que precisamos de ouvir.

Outros são aqueles que estão quando podem. Quando lhes dá jeito ou quando acham graça. São igualmente divertidos e até parecem amigos mas não são. São conhecidos, ou simplesmente pessoas queridas. Mas não são amigos. Não se têm com eles todas as conversas. Nem conversas com o coração.

Uns e outros conhecem-se mais pelo silêncio do que pelas palavras. O silêncio é bom e traz muita paz. Não tropeçamos nas palavras e o olhar nunca se perde. Vai direito ao essencial.

Para além do silêncio, das palavras e dos gestos, há outras maneiras de saber quem são os amigos. Conhecem-se pela íntimidade mas também pela liberdade. Por seguirem o seu caminho e nos deixarem seguir o nosso. Estão por nós, mas não vivem a vida por nós. Seguram-nos mas não nos prendem. Sabem que precisamos de estar livres e dão-nos essa liberdade.

Sei porque sinto. A amizade é como o amor. A vantagem na verdadeira amizade é que existe menos posse, menos ciúme e mais liberdade.

7 comentários:

Tita disse...

O pior é quando há alqueles amigos com quem apetece "acabar tudo", como se de um namorado/a se tratasse. E não é por serem menos amigos (ou às vezes é), é só porque também na amizade há ciúmes. Mas estes são os amigos da libedade condicional...
Beijo!

XR disse...

Enjoy the Silence ...

Canto Definido (Structurally Diffuse) disse...

Seguem-se os insultos e as mesquinhices quando aqueles que julgam saber o que os amigos querem pressionam mais e mais, atropelando a verdadeira utilidade do silêncio, criando então uma falha de comunicação e um posterior despedaçar de todos os elos criados...

Anónimo disse...

Acho que esta é a altura certa para dizer que continuo a gostar de te ler, apesar das saudades do Snow e de achar que mais valia chover pianos a este tempo da tanga.
Bjs

Mag disse...

O silêncio é bom, e acolhe, na presença de um olhar que dispensa palavras.
Mas o silêncio na inexistência da proximidade física tem duas faces: a de quem cala e a de quem não ouve.
É por isso que às vezes perde a leveza aconchegante e fica denso como nevoeiro... depois como se encontra o rumo?

Paulo disse...

complicadinha
Nem digas isso a brincar que o Snow já se anda a queixar das costas.

e eu de te ler por aqui

Anónimo disse...

Beijoca aos dois! : )