sexta-feira, 6 de novembro de 2009

As novas aventuras da Anita




Na terça-feira, estive a ajudar um amigo que vai mudar de casa. E no meio da confusão de caixotes, descubro um exemplar da revista...nada disso. Um exemplar da Anita!!Lembram-se da Anita? Anita no jardim, Anita na praia... Nos meus tempos de adolescente, via-se a Anita por todo o lado!! E agora eu pergunto-me? O que será feito da Anita? E depois lembro-me do Nuno Gomes...

Mas e porque é que não há uma versão actualizada da Anita? E dizem vocês: «Porque são histórias que já não fazem qualquer sentido, tendo em conta a realidade depressiva portuguesa»" Pois... E hoje, em vez de uma Anita no jardim, teriamos uma Anita em Monsanto. Que é uma zona verde e cheia de animais, e ainda ganha uns cobres que a crise está difícil. O enredo não muda assim tanto e é muito mais actual.

Em vez de Anita descobre a música, teriamos uma Anita descobre a droga. Resumo: Anita vai a uma discoteca, alguém lhe oferece uma bebida com ecstasy e tal como uma lição de música, começa a ouvir lindas melodias por todo o lado e a sentir um calor enorme, afinal a música altera o estado emocional.

Anita na festa de anos? Quem fosse ler esta história a um filho, ainda não tinha acabado o primeiro capítulo e já o miúdo estava a tentar sufucar-se com a almofada. Seria mais actual Anita perde a virgindade. Ou Anita e a iniciação ao álcool. (embora isto também acontecesse nos meus tempos...)

Outro grande títlulo actualizado em vez de Anita na quinta, seria Anita e a gripe suína. Há o drama de uma rapariga que escapa por pouco a uma pandemia depois de ter tido uma noite escaldante com o Zé, o guardador de porcos. Mas que acabaria infectada num centro de saúde, porque, imagine-se...não usou protecção... (máscara. leia-se...)


(não liguem, isto sou eu frustado por estar a incumbar uma gripe B em vez de uma gripe de nível A...)
(é verdade, quando questionei o meu amigo sobre o estranho caso da revista Anita num dos seus caixotes, ele encolheu os ombros e disse que deviam ser da filha, mas a filha tem seis anos, ou seja, nasceu em 2003...estranho, muito estranho...)

6 comentários:

S* disse...

Hum... grande questão essa. Não tens nada mais importante para pensar? Eu já vi os novos livros da Anita, mas são aldrabados e pornográficos. :P

Paulo disse...

por isso mesmo. De ter tanta coisa importante para pensar que penso na Anita

Anuska disse...

Eu lembro-me dos livros na infância e gostava de os ler mas olha que umas versões actualizadas era capaz de ser engraçado eheh

memyselfandi disse...

Lembro-me muito bem e tenho alguns, ainda. Sou vidrada naquelas ilustrações... o teu amigo deve ser como eu.
Por mais sugestivas que as tuas versões sejam, continuo a preferir as originais, mesmo sendo extemporâneas. Jt. :)

Arisca disse...

A Anita!!!!

Também eu andei a dar voltas à casa (e à vida) para procurar uns livros "do meu tempo". Tudo porque ontem falei neles e... não me saíram mais da cabeça...
Somos "todos" tão pouco originais: chove e lá vamos nós desencantar bocadinhos do passado!


*Bons ventos

C. Moniz disse...

Eu tenho uns quantos livros da Anita, e lembro-me de pedinxar à minha mãe que comprasse um, quando iamos às compras e ainda lembro-me também de passar grande parte do tempo da ida às compras no espaço dos livros, mas bem, isto ainda faço nos dias que correm. Mas, voltando à Anita, recordo ainda tambem de... de haver uma profe de portugues no meu 5º ano dizer-me: "Livros da Anita, não são livros de se ler."
Com a minha idade que queria ela que lesse? Eu dizia-lhe... mas nos tempos de hoje... ora se lhe dizia... E suspiro :/