sábado, 11 de fevereiro de 2012

Beba um copo pela sua saúde

Cada vez que ouço falar do problema do álcool, apetece-me logo beber um copo de vinho. Acho até uma grande leviandade falar no álcool como um problema - muito mais grave que o problema do álcool, por exemplo, é o problema da seca.

Na verdade, o problema do álcool não é problema mas solução dos problemas do mundo. Se não fosse proibido beber álcool nos paises muçulmanos, acabavam-se logo os homens-bomba - nenhum iria sóbrio e em vez das bananas de dinamite levariam bananas da venezuela ou da Madeira presas à cintura. O vinho tem mais efeitos pacíficos que os chás nas cimeiras de paz entre árabes e israelitas.

Acabava logo a guerra no Afganistão se em vez de papoilas investissem na plantação de vinha - lá está o problema dos muçulmanos não poderem ingerir álcool. Seriam menos sisudos e já saberiam apreciar como deve de ser, uma boa obra de arte tal como um Gustave Courbert e a sua "origem do mundo" ou a colecção Berardo no CCB.

E já repararam que as drogas duras são originárias de paises onde não há vinho decente? Já mais se inventaria o ópio em Borba ou a heroina no Alto Douro.
E em vez de ópio e drogas duras, estes paises poderiam dedicar-se à exportação de vinho, sabe-se lá com que qualidades exóticas, enriquecendo ainda mais as cartas de vinho dos restaurantes mais luxuosos do mundo.
As drogas pura e simplesmente acabariam, tal qual como a pequena criminalidade e a sobrelotação das cadeias aliviando a despesa do Estado.

E já não há pachorra para aquelas almas que demonizam o álcool. Tudo faz mal quando se exagera, é logico. Pode-se morrer com ovos cozidos, antibióticos, água, papel de máquina, pistácios (se pesquisarem no google vão encontrar de certeza casos de pessoas que morreram de excesso de pistácios). Além de que o vinho e a cerveja tem propriedades benéficas cientificamente provadas. O que é preciso é haver campanhas não para deixar o álcool mas como saber geri-lo. O problema do álcoolismo é o mesmo das finanças: falta de gestão. O dever do Estado não é proibir, mas informar e instruir. Nos paises onde o álcool é proibido, as pessoas bebem menos mas embebedam-se mais. E, no entanto, não são felizes. Andam aos tropeções e caem na rua. Bebem depressa e sem prazer. Desatam à pancada. Enfim, a bebedeira só devia entristecer porque se assinála o fim de uma sequência de copos, e não de um naipe de cartas.

O vinho continua a ser a resposta e uma das grandes invenções da humanidade. Beba um copo, pela sua saúde (mas com moderação)

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