terça-feira, 30 de setembro de 2008

Eu não quero ser um peru!



Há alturas na vida em que toda agente nos parece simpática e amigável e no momento seguinte, sem aviso prévio, cortam-nos o pescoço...perverso não acham?
Ora é o nosso patrão, que sim que a empresa nunca esteve tão bem e que há fortes possibilidades de ser aumentado; O sr do banco, que sim a economia vai de vento em popa e o que está a dar são os fundos de investimento do Burkina Fasso; O consultor imobiliario, que sim é uma zona calma e de valor acrescentado; O sr do talho, que sim o pernil é da melhor qualidade e o chouriço é por conta da casa; E até a mulher/namorada não têm implicado com a tampa da sanita, as peúgas no meio do chão e cada vez está mais arranjada e bonita.

E há um belo dia em que chegamos a casa mais cedo porque a empresa faliu e encontramos a mulher/namorada na cama com outro, que por acaso é o homem do talho quando reparamos no outro lado da janela do quarto, num cartaz que diz: "Alvará nº12345 , construção do aterro sanitário...."

Quando oiço uma história destas, não consigo deixar de imaginar os perus da minha avó, alimentados e bem tratados durante um ano e num belo domingo sem aviso prévio, o dito peru aparece depenado e sem cabeça no centro da mesa de jantar....


"Mas, em toda a minha experiência, nunca estive envolvido em nenhum acidente de qualquer género que valha a pena referir. Nunca vi um destroço e nunca fui destroçado, nem alguma vez me vi em alguma situação que ameaçasse terminar num desastre de qualquer género."
E. J. Smith, capitão do TITANIC

2 comentários:

vague disse...

Interessante o ponto de partida do blog.
Longa vida! (ou o q apetecer);)

Anónimo disse...

A vida é assim. Felizmente, humanos, temos muitos pescoços - mais do que as vidas dos gatos-.
Continua a escrever.
C.