
Assisti ontem aos Monólogos da vagina de Eve Ensler, encenada por Isabel Medina com a Guida Maria a São José Correia e a Ana Brito e Cunha. E confesso que fiquei desiludido. Esperava mais desta vagina (leia-se monólogo). Muito soft, muito comercial, muito decoro na línguagem. Uma peça que pretende chamar a atenção para assuntos como a ignorância (masculina e feminina) da sexualidade feminina, o flagelo da violação e castração do prazer feminino, entre outros, tem que ter mais impacto, mexer com quem assiste, deixar-nos em silêncio. Acho que o maior impacto que a peça teve, foi ouvir a São José Correia (que mulherão), gritar em pleno palco CONA, como quem larga uma bomba e o bruá do público foi instantâneo com muitas senhoras a virarem-se escandalizadas para o lado incrédulas a perguntar se ela disse mesmo C...!
Mas gostei da peça em si. Da actuacão das actrizes, da senhora que demorou uma hora a masturbar-se porque tinha artrite, da menina que tinha orgasmos em todo o lado e não sabia bem como e em especial da excelente simulação dos vários tipos de gemidos, primorosamente representados pela irreverente Guida Maria, que levou o público ao delírio. E só me resta imaginar qual será o número de mulheres que horas depois do espetáculo, estariam em casa em frente a um espelho a olharem lá para baixo...
Ah esse grande mistério que é a vagina
Mas se ainda não viram, vão ver. Vale a pena pela mensagem em si, pela boa disposição e pela excelente representação das três actrizes, num papel que acaba por ser o delas próprias como mulheres, mas que também não é fácil nesta sociedade machista.
Mas gostei da peça em si. Da actuacão das actrizes, da senhora que demorou uma hora a masturbar-se porque tinha artrite, da menina que tinha orgasmos em todo o lado e não sabia bem como e em especial da excelente simulação dos vários tipos de gemidos, primorosamente representados pela irreverente Guida Maria, que levou o público ao delírio. E só me resta imaginar qual será o número de mulheres que horas depois do espetáculo, estariam em casa em frente a um espelho a olharem lá para baixo...
Ah esse grande mistério que é a vagina
Mas se ainda não viram, vão ver. Vale a pena pela mensagem em si, pela boa disposição e pela excelente representação das três actrizes, num papel que acaba por ser o delas próprias como mulheres, mas que também não é fácil nesta sociedade machista.
E já há muito tempo que não tinha tantas mulheres à minha volta...
7 comentários:
A São José Correia é uma mulher e tanto. Mas este tipo de peças nao me chama a atençao... porque é mesmo feito só para "chocar" - mas tendo ao mesmo tempo cuidado em não chocar de mais.
E como diria a minha mãezinha, a proposito do anuncio publicitário desta peça...
"A minha vagina está zanga, a minha vagina quer falar?
... mete-lhe um microfone".
P
*zangada
chocar???????
chocar é dizer que a vagina só serve para parire.
Chocar é dizer que a mulher não deve ter prazer.
Chocar é mutilar sexualmente uma mulher.
Chocar é render-se à indiferença, à ignorância, `a vergonha.
Chocar é fazer de conta que não se tem vagina
apoiado! já agora poderá alguém chocar sem vagina?
Os pinguins podem!
Há uma espécie de pinguins no polo sul, em que é o macho que choca os ovos.
ora mas isso não vale...é o macho, não é a mesma coisa!
Também lá estive e esperava mais. Apesar de ter gostado , acho que foi tudo demasiadamnete plástico. Nos momentos que houve uma maior proximidade com o publico o sabor foi outro. E sim, eram ordas de mulheres que constituiam a plateia...:) Qui ça curiosas em reverem-se...
Enviar um comentário