domingo, 14 de março de 2010

as mulheres, o homem e o urso


Fundamentação da metafísica dos costumes ou as minhas conversas com o Snow


- é um inferno com elas e pior ainda sem elas.
- há mulheres muito frias, mas nós temos uma boa pelagem.
- a melhor coisa é matá-las enquanto se pode.
- bébés e fraldas sujas.
- unhas e palavras afiadas.
- cheirosas e fofinhas
- quem???
- não conheces.
- chapadas, joelhadas e cabelos brancos
- sogras
- de vez em quando, penso nela o tempo todo.
- só não percebo porque é que ainda não és um gigante.
- gigante?? Porque?
- estás sempre a dizer que a dor te faz crescer
- pois faz! já devia estar maior do que tu... para um urso, não tás mal de sentido de humor
- queres que te conte uma piada sobre pinguins?
- adianta dizer não?


- amo-a
- não sejas ridiculo, amor é uma palavra para luxúria, mais luxúria e comportamentos idiotas.
- mas tu és um urso, como é que sabes isso??
- basta olhar para ti.
-(...)
- mas não te preocupes que um par de idiotas raramente morre de amor
- raramente??
- alguns distraem-se e são atropelados


- foste tu que pintaste isto??
- gostas?
- não sei... o que é que significam estas manchas?
- a negatividade do universo. O abominável e solitário vazio da existência. O nada. A condição do homem forçado a viver uma árida eternidade desprovida de Deus, como uma breve chama piscando no imenso vácuo. Horror e degradação, camisa-de-forças num cosmos negro e absurdo..
- então não te importas se eu te disser que essas manchas são de baccardi..
- entornaste baccardi no meu quadro???!!!
- não. Apenas acrescentei um pouco de negatividade ao universo...


- que é que vais fazer este sábado à noite?
- cometer suicídio
- ok, mas depois não te esqueças de limpar tudo


O meu amigo Snow ball e o Flokinho