quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O estado a que o Estado chegou

Alguma coisa vai mal quando:

um (muitos!)funcionário/director público aufere cerca de 4.500 euros de ordenado e 11.500 euros de subsídios! e o espaço infantil de uma biblioteca municipal fecha de tarde, porque não há dinheiro para contratar um funcionário.

um (imensos!)funcionários/administradores públicos ganham prémios de gestão em empresas com prejuizos constantes! e núcleos museológicos com um imenso e valioso património histórico, como instituições culturais importantes, mantêm-se fechados por falta de verbas.

um assistente/secretário de um ministério público ganha mais do que o ministro/a e há alunos a levar cobertores para a escola porque têm frio nas aulas.

um Estado manda cortar nos salários públicos, nas pensões, nos abonos de familia, etc. e três ministérios aumentam a despesa salarial.

um Estado impõe medidas draconianas para reduzir a despesa e a despesa... aumenta!


O Estado vai mal neste estado...


Sempre evitei escrever aqui sobre politica, mas neste estado a que chegou o Estado... quase que imploro que venha o FMI, porque só tem medo do FMI, quem anda a enriquecer à nossa conta.

Os nossos governantes apelam à contenção mas eles próprios não se contêm em gastar o que não é deles e em muitos casos, em benefício próprio. Assim estão a levar o país à banca rota. Depois vão-se embora e quem fica com a conta e com juros elevados para pagar, somos nós e os que hão-de vir...

Enquanto não houver uma Lei que criminalize quem prejudicou gravemente o estado por gestão danosa e a Lei não for respeitada, este país não sai do lodaçal.

E lamento profundamento que os votos em branco não sejam representados na assembleia da república por cadeiras vazias. Mas não deixarei de o fazer, de votar em branco enquanto só houver partidos e politicos que se servem a eles próprios, em vez de servirem o país e o povo.

Mas o estado a que chegou o Estado e os políticos que temos, também é responsabilidade nossa, ou a abstenção não tivesse a maioria absoluta que tem.

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